segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Dias quentes de chuva

O sábado amanheceu com nuvens. Caía uma chuva pequena, quase imperceptível ao olhar. Eu e os meninos. Almoço na avó Maria. O meu João fez a sesta e acordou com imensa febre. Depois de uma semana de creche voltaram as viroses. Não fomos passear. Ficámos em casa e o meu Miguel parece gostar muito mais de fazer desenhos e pintar. Como está crescido. Diz que é amigo do João. Parece que se safa muito mais assim. Parece que os pais ficam muito contentes quando ele é amigo do irmão. E o João adora-o de coração. Já se coloca muitas vezes em pé sozinho. Agarrado as todas as coisas. Cada vez mais. Conseguem brincar os dois sozinhos. O Miguel começou a permitir que o João brinque com os carros dele. Faz filas com os carros, todos seguidos, colados em que o João vai atrás e desfaz.
Eu. Não tenho mais emoções à flor da pele. Como algumas semanas atrás. Quando li este texto da Beth parei algum tempo a pensar em tudo o que havia acontecido. E tudo o que pedia, em prece, como ela, era alguma serenidade. A serenidade. Senti (surpreendida - por ser tão tarde) que estava a reduzir-me a algo que não é parecido comigo, que não cabe na minha forma de ser, que não havia sequer um lugar para competir. A competição que se imaginou, mas não existe. Não existe na minha serenidade. Descubro (admirada) como o meu coração é tão meu. Descubro (perplexa) o que significa finalmente, serenidade.

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