terça-feira, 12 de agosto de 2014

da noite

Passaram os dias. Dias de férias e não abri o blogue até hoje. Agora é noite lá fora. Os meninos dormem aqui ao meu lado, um sono leve. Espreitei a noite e não parece de verão, parece maresia ali fora. E estamos bem longe de mar ou rio. O meu choro ficou um pouco atrás deste post. Levantei-me e escrevo. Depois do choro. Depois do choro fica sempre o que podemos fazer por nós. A dor é inevitável. Ela aparece sempre nas mais diversas situações. Ainda há pouco parecia não aguentar. O que posso fazer por mim. Foi a pergunta que me fiz. Porque não posso fazer nada em relação à dor, à situação. Não posso mudar a situação. Mas posso fazer algo por mim. Ler um bom livro. Fazer as minhas coisas. Ter os meus projetos. Mesmo que sejam só na minha cabeça, mesmo que demorem a concretizar-se faz bem pensar neles depois do choro. Saber que somos alguém. Que estamos vivos. Que temos sonhos só nossos. Que não nos podem roubar. Ficar quieta. No meu canto. Apesar de cá dentro gritar. Sim de vez em quando tudo grita cá dentro. E agora deu-me fome. Vou petiscar. Sem lágrimas. Com vontade de mim. 

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